Meu silêncio me acalenta e me corrói. Me deixa pensar e me desanima.
Meu silêncio me protege e me suga.
Meu silêncio é barulhento, dentro de mim.
Meu silêncio me faz refletir, mas também me anula. Me é calmaria e insatisfação.
Fico quieta para não ferir, mas as vezes me firo assim.
Fico quieta para sentir, mas as vezes sinto muito.
O silêncio me fala. E me cala.
O silêncio me ajuda e me murcha.
O silêncio é cura - e angústia.
Nem sempre sei (ou quero) ouvir o que ele tem a dizer.
E já não é de hoje que eu lido com isso. Pois já não é de hoje que as angústias do mundo gritam em meus ouvidos com nossos silêncios ensurdecedores.
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