domingo, 3 de abril de 2016

O erro de querer acertar

Não defina-me pelo que você assiste pelas atuais redes sociais, nem ao menos pelo que enxerga de mim nos fragmentos dos passageiros encontros que temos pelo trilhar da vida.
Não defina-me tentando encaixar as peças que formulas ter sobre o quebra-cabeça que sou, se nem ao menos eu tenho todas as peças de mim, já que ao passar da vida é que vou desenhando, apagando e pintando minha imagem e moldando os formatos de cada pecinha para seu encaixe.

Não defina-me pelos seus conceitos do que é ou do que deixa de ser.
Não construa-me com julgamentos prévios se não tens acesso ao meu eu em verdade,
Pois crias, dessa forma, inverdades.
Não pressuponha quem sou pelo que vê.

Agradando ou não, a tela, as tintas e os pincéis, da minha vida, são meus.
Aprecie e inspire-se, ou apenas respeite e ignore.
Mas não ache que a imagem que vem se formando é o todo que posso ser.
Para que eu me faça em quadro, preciso, pelo menos, do tecido da tela, da madeira; da parede; do prego ou do adesivo que me sustenta; das matérias base para a constituição da tinta; do tempo, do ar, da temperatura, da umidade, para secar e para me preservar.

Não queira ser Deus.
Buscando definir, pressupor, decidir e apontar quem sou.
O julgamento não cabe a nós.

Tenha Deus em seu coração, mente e espírito.
Para apontar, decidir, pressupor e definir quem é você e o que condiz com quem é você.
E, ainda assim, o julgamento não caberá a nós.

De tanto procurar o erro no e do outro,
O que nos têm faltado é olhar um pouco mais pra dentro de nós mesmos...