segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

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Vivemos em guerra e nem percebemos...
Comemos uns aos outros e nem é só sexo.
Que triste boa notícia hoje recebemos,
Mataram um bandido e teve protesto...

Mais valia...

Quanto vale nos silenciarmos diante daquilo que não concordamos, quando esse silêncio não é em respeito ao outro mas, sim, apenas por ser cômodo?
Quanto vale preferirmos ver apenas aquilo que faz rir, nos levando pra longe, ao invés de também (não apenas, mas também) encarar e refletir sobre tudo que tem acontecido a fim de buscarmos soluções, mesmo que pequenas?
Quanto vale agir de maneiras que qualquer outra vida possa valer menos que a sua?
Quanto vale ir distanciando-se cada vez mais de si, acreditando que está se encontrando nas exterioridades da vida e nos prazeres do homem?
Quanto vale rasgar a pele da Terra, envenenar sua circulação com o lixo humano, dizimar as vidas que mantêm sua homeostase, em função do desenvolvimento e conforto do homem?
Quanto vale tanta 'evolução' pra poucos e tanta 'privação' pra muitos?
Quanto vale viver no hoje sem se preocupar nem com o ontem que nos fez, nem com o amanhã que faremos?
Quanto vale?

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Meus riscos

Encontrei as cicatrizes de quando a dor não cabia em mim.
E a dor externa amenizava a, incontrolável, interna.
Achava, eu, que era incontrolável, mas descobri que mais do que incontroláveis, há coisas que não devem ser controladas.
Sutil diferença.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

"Estoriar"

- Me conta uma história?
Sem tristezas ou vitórias.
Apenas uma história, onde você não precise provar pra todo mundo que não é preciso provar nada pra ninguém.
Me conta uma história?
Sem perseguição ou escapatória.
Apenas uma história, onde eu não precise torcer pro mocinho ou pro vilão, pra princesa ou pra bruxa, para o bem ou para o mal.
Me conta um canto? Me canta um conto? Me toca no ponto que eu não preciso julgar.
Me conta um conto? Me canta um canto?
De silêncio, pode ser? Para que eu ouça o que se diz pelos olhos, pra que eu veja o que exala a alma, para que sinta a verdade escondida nessa vida maquiada, maquinada, maquiavélica...
- 'Ma qui' história é essa?
- Não sei, viajo à beça.

Até, Riza!

Aterriza em sua alma o peso do ter.
O que fazer com o ter, já é ter.
Éter...
Éter na mente, no corpo, na discussão.
Eternamente...
Eterna mente, que mente ou desmente?

Aterriza em sua alma o peso da mentira.

O que fazer com a verdade, já é mentir.
Émentir...
É, mentir não forma nada.
Mas me faz pensar...
Qual é o verbo da verdade?

Aterriza em sua alma o peso da verdade.

O que fazer com a verdade, já não é morrer?
Morrer em vida!
Acontece... também quando o éter, na mente, mente eternamente.

Mas e viver?

Ah, viver...
Deve ser a busca pelo verbo da verdade...

Quem, mais do que quem?

A gente se gostou.
Você mais do que eu, lá, nos primeiros dias, apenas. Quis me conhecer melhor, me chamou de ‘surpresa boa’ e assim você também se tornou para mim. Os dois estavam passando por fases conturbadas, em sentidos diferentes. Olha, estava sendo ótimo. Nos conhecendo, sem cobranças, sem pressa... E com o passar do tempo, nos vimos cada um agindo segundo suas vivências, ao invés de continuar na leveza do novo.
A primeira falha foi minha! Na, dificilmente controlável, TPM, somada a pequenas doses de questões pessoais, descontei em você a mágoa de me sentir usada. Precisava falar pra alguém e você era a minha conversa diária. Mas sim, eu fui egoísta. Já fora do período onde os hormônios dominam a razão, eu pude notar. E lhe contei que percebi isso. Quiçá eu soubesse que por assumir-me em falha, você mudaria. E era para eu saber!
E então o primeiro bloqueio... Nossa! Se eu vier a escrever cada detalhe e novos bloqueios, não escrevo uma crônica, escrevo um livro!
Mas um me é interessante, no momento, para talvez expor meu penar, meu pensar, meu pesar.
Eu estava de bobeira e se pudéssemos nos ver, adoraria. Você, como sempre, todo atarefado, também gostaria, me disse. No dia que você poderia, eu não. No dia que os dois poderiam, cansaço e horário falaram mais alto. E então sem pedir atitude nenhuma e apenas expressando o incessante desejo de te ver, de te ter, li um singelo ‘te ligo’. Duvidei... Falei que duvidava! E confirmado me foi que haveria uma ligação. E ela não houve. Não aconteceu. Ainda bem que não deixei de lado outras possibilidades, ainda bem. Pois eu teria me enchido de teias de aranha, à espera... de pelo menos um ‘foi mau, não deu’.
Alguns dias depois: ‘não fica brava’... E eu não estava. Mas pelas vias de conversas textuais, como saber a interpretação de quem me lê? Eu não estava brava, mas palavras, para mim, são realmente valiosas. Não dissesse que faria, apenas isso. E você realmente não mais o fez.
Mais um bloqueio de presente! Contudo, meu bem... Sim, sim e sim, a falha dessa vez foi sua. Se a minha pelo excesso, egoísmo, a sua pela ausência, apatia.
Sem saber ao certo em que momento, passamos a agir como se um fosse o que o outro não queria. Você mais do que eu. Falhamos demais. Oras, bolas! Somos humanos.
Você me bloqueando e eu tentando entrar. Você, bloqueando o desconhecido,  julgando, pelo que viu, como algo perigoso, que você já conhecia. Eu, tentando entrar, tomando como desafio essas portas fechadas do teu eu.  Você assustado com o belo, por receio de ser atacado, outra vez. Eu, com as chaves nas mãos, sem saber usá-las, com receio de não ter ajuda, outra vez.
Sei que você começou a ver em mim o que você não queria para si, mas eu também bem sei que suas lentes estavam (ou estão) embaçadas, engorduradas, com o cansaço do dia-a-dia, com as responsabilidades cobradas num espaço de tempo, e de vida, tão recente.
Começamos a disputar, sem nem saber. Procuramos controlar, mas controlar o que? Os dois levantaram suas defesas, só que procurando se proteger dos exemplos passados, sem nem ter certeza de que eles se repetiriam nessa história... Ah, mas esse medo de ‘um não sei o que’ foi tão grande, que tornou- se preferível achar que agíamos com a razão. Na verdade, penso eu, ficamos cara a cara com o medo, tanto o medo de uma nova decepção, de uma nova cobrança, como o medo de ter que olhar pra si próprio quando olhávamos um para o outro. Não, não era razão, era medo.
Sei que poderia ter sido algo simples. Sei que poderia ter sido nada, que poderia ter sido muito. Eu não falo de amor ou de paixão. Falo de entrega ao novo. Que saudade que dá de um simples 'olá', logo de manhã. Mas sei lá, isso não se recupera...
Agora... assim... sabe, pode ser que minhas palavras nessa história mal contada, tragam brilho a um rígido e frio olhar, bloqueado, resguardado. Talvez se pondo em dúvida do que está fazendo como escolha.
Olha, veja bem... Algo eu sei: esse olhar... Ele é carcaça. Que esconde pureza e afeto. Que protege do medo. Que afugenta o insensato. Que desvia os ataques, mas também o que é zelo. Tão bem sei sobre isso, pois esse olhar, também foi meu.

E nós? Ah...
A gente se gostou...
Talvez você, não mais do que eu.

domingo, 26 de abril de 2015

Sobre o desconhecido amor

Se a distância se aproximar de nós, ficarei, por um instante a sós, lembrando das horas de conversa, dos instantes de silêncio, das risadas e dos sorrisos, das carícias quase que apaixonadas e dos calores incessantes de um prazer contínuo, dos olhares tímidos e depois profundos e dos olhos fechados, dispersos do mundo.
Se o inesperado previsível da vida me afastar de você, guardarei essas lembranças, por ter vivido, por talvez ter ensinado e, com certeza, ter aprendido.
E se acontecer do tempo tornar-se apenas passado na nossa história, serei feliz de ter, na construção da minha, algo tão puro. E por tanta pureza, tão inseguro.
Se - esse 'se', que não deve ser pensado - o fatídico 'se', entre as tantas possibilidades de ser, que me martelou a mente, o corpo, a alma... Se este 'se'... vier a acontecer, serei grata, muito grata, pela fração de tempo que me foi disponível para viver esse desconhecido.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ciumedo

"Eu faço, você faz,
Nossos direitos são iguais.
Só que sinto ciumes,
E eu sabia, mas, controlar, não sei mais.
Agora meu sangue corre pelos meus braços, que estremecem em segundos.
Se eu te vir noutros abraços, me diz o que é que faço com aqueles nossos mundos?
Só de te imaginar a outro alguém amar, o suor me escorre o corpo. Quase perco um quilo.
Meus olhos também suam descontrolados e meu coração me grita: O QUE FOI AQUILO?
Eu erro as letras na digitação, os pés sofrem um terremoto. Parece um infarto, mas é palpitação.
Do que que eu reclamo, se exerço o meu direito?
É que parece que eu posso, mas você não.
Pois o controle do que eu sinto, tá comigo... O seu não."

quarta-feira, 25 de março de 2015

Qual quer?


Havia os que a queriam em qualquer das formas que ela permitisse, quem diria...

Ela sorria, era verdadeira, atenciosa, boa companhia.

E de qualquer maneira, aproveitava o dia-a-dia...

Mas, quiçá, seu coração sabia.

O que menos a saudava, era o que ela mais queria.

De qualquer jeito: pra vida inteira ou por um dia...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Uma história contemporânea sobre o amor

Te conheci semana passada, me apaixonei anteontem, me declarei ontem, fui muito feliz hoje, me decepcionei amanhã, me arrependi depois de amanhã, te esqueci semana que vem.