domingo, 30 de outubro de 2011

Sem saber.

Eu penso tanto em ti.
Conseguiu me fazer pensar menos em outro em alguém.
Não sinto coragem em te dizer, não sei bem, mas isso me faz pensar muito mais em ti.
E você sem saber...

Vivendo em conflitos

Eu nunca esperei meus dezoito anos chegarem como meus amigos, nem ansiei a hora de sair de casa, morar fora. Não fico desejando trocar de celular pelo mais recente, nem ter dinheiro a todo tempo pra poder satisfazer  minhas vontades.
Hoje vi uma turminha de uns seis adolescentes abraçando uns aos outros, sorrindo entre si, com uniformes escolares e fazendo brincadeiras sem importar-se com o entorno. Hoje vi a inocência da verdade e como ao crescer podemos vir a nos tornar a essência da mentira.
Eu também não pedi pra que isso acontecesse comigo. Não quis deixar de ter amores amigos, nem de viver os momentos mais simples de forma tão agradável...
Andar de chinelo na rua, ter amigos que me amem, rir do que é sem graça...
Viver de improviso e ser tão verdade, mesmo quando cheio de conflitos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sua Luz, meu pedido.

Quando você se tornar apenas mais um, não vai mais me interessar. Vai se transformar na escuridão da noite e não no brilho de uma estrela. Se tornará a falta de luz. E é a tua luz que me fascina, a tua doçura, o teu pensar. Parece que estas coisas estão indo embora de você, ou é você que está indo embora delas.
Nada posso fazer além disso... falar, argumentar, desejar, escrever...
Não sei o que houve, tudo fugiu dos meus planos, mesmo que não houvessem planos. Eu não esperava e você me trouxe inspiração. Você que não me quer, me trouxe um querer. Não!, não é paixão, não é amor, se houver definição, é satisfação. Me sinto bem ao pensar em ti, me encontro pensando em ti de uma forma tão sutil, tão sublime, tão em paz. 
Não me sinto mal por não te ter.Não te desejo loucamente. 
Não fujo do que sinto, simplesmente sinto, e me seguro pra não te contar. Me contenho pra não sair por aí dizendo que tua imagem enfeita o meu dia e que certas lembranças me fazem suspirar. 
E, de repente, vejo sua luz enfraquecida e aquilo que nos ligou, se desconectando. Me pergunto se é melhor deixar acontecer, se corro o risco de te assustar com toda essa história, ou se apenas lhe estendo a mão...
É tão bom ter você dentro das minhas vontades e nem por isso deixar de viver.
Você é luz, que tem se apagado, ou se disfarçado, não sei bem. E nesse não saber, a única coisa que posso pedir é que não se ofusque, pois seu brilho ilumina a outros, como ilumina a mim.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Necessário

Precisando pensar, precisando sorrir, precisando chorar.
Precisando esquecer, precisando lembrar.
Precisando viver.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

VIVA RAUL!!!!

Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal alguma coisa está acontecendo, que não dá nos rádios e nem está nas bancas de jornais, pois gente é tão louca e no entanto tem sempre razão... é que gente nasceu pra querer. Mas o meu egoísmo é tão egoísta que o auge do meu egoísmo é querer ajudar e nesse meu canto que não presta, que tanta gente então detesta, tenho fé em Deus e fé na vida, tentando outras vezes, já que sei que o que eu quero, eu vou conseguir. Não tenho pressa, tenho muita paciência e da metamorfose que eu sou, com um sapato em cada pé, sou o que sou, me aceite assim, não vou me negar.
Eu sou o tudo e o nada e, enquanto você me critica, eu tô no meu caminho, sim, essa estrada é comprida e isso são coisas do coração, onde a frieza do relógio não compete com a quentura do meu coração. 
Sabe, o ódio não é o real, é a ausência do amor. Mas se há tantos caminhos tantas portas e pouca esperança no ar, somente um tem coração ou vão dar todos no mesmo lugar?
De testamento deixo a lucidez e, por favor, não se esqueça, meu amigo, de chamar o seu vizinho pra viver uma sociedade alternativa, pois talvez alguma coisa muito boa possa lhe acontecer, só é preciso você tentar...
Segure a minha mão quando ela fraquejar, pra que eu consiga ser o homem que sou, dizendo a verdade, sei que tudo acaba onde começou, vim provar que nunca é tarde pra mostrar que é sempre cedo. É, não tem certo nem errado, o ponto de vista é que é o ponto da questão. 
E aí de repente, quando acabar o maluco sou eu que perdi o medo da chuva e não mais me esforço em fazer tudo igual, aprendendo a ser louco, na loucura real.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A Roda Gigante

No descaso do acaso, me senti mais forte, me senti mais firme, me senti mais eu.
Aquele eu desconhecido, de quando sou verdade nesse mundo de mentiras. Aquele eu desapercebido, que passa despercebido e por isso se faz mais forte, firme, mais eu. Mas dante... Ah, antes...
Na troca de olhares tortos, já me desvali e, na roda gigante em que me colocaram, de lado, de canto, de olhos vendados, só conseguia perceber o movimento, sem saber a direção, o sentido, mas da ação fazendo parte. Sem saber direito o que acontecia, comecei a refletir e reaprender o meu valor. Percebi então,  que talvez, se não houvessem me colocado nessa roda gigante, de olhos vendados, eu não teria visto, sem troca de olhares, o meu valor e nem teria aceitado-o, com sobriedade.
E repentinamente a roda gigante pára e me desvendam os olhos e me tiram as algemas feitas de nada e me deixam a porta aberta, destrancada...
Mas eu não desço, ali continuo, olho as pessoas nas outras cabines, sendo vendadas e decido, agora, apreciar a roda gigante, a paisagem, o movimento, as descobertas, a brisa de vento, a luz, os sons, o eu. Na roda gigante agora estou por querer estar, não há troca de olhares tortos, sei do meu valor, do meu tempo, das angústias e dos alívios, sei de mim e, sei, que, hora ou outra, terei de descer, pois alguém precisará subir e girar e sentir e viver...
E no caso do descaso, me senti mais forte, me senti mais firme, me senti mais eu.

E o quê?

Sem ânimo, sem vontade, sem motivo;
Cem verdades, cem mentiras, cem amigos;
No princípio era o tudo 
e vem se tornando nada
E o nada? Deixará de existir no fim?
Cem motivos, cem desejos, cem virtudes;
Sem verdades, sem mentiras, sem amigos;
No princípio era o nada 
e vem se tornando tudo
E o tudo? Deixará de existir no fim?
Cem prelúdios, cem percursos, cem desfechos;
Sem começo, sem meio, sem fim;
E, o quê, deixará de existir no fim?