Eu me arrisquei
Em riscar os nossos traços
Em traçar os nossos planos
Em planar em nossos sonhos
Em sonhar com nossos desejos
Em desejar que arriscassemos
E então rabisquei algumas linhas
Pra desenhar os nossos traços
Mas foi um risco
E deu lugar ao meu arisco
Quis rasgar o tal papel
Engavetá-lo junto aos nossos
planos, sonhos e anel
Mas um gesto tão bonito
Não pode ficar escondido
Arriscado às traças
E então preparado está
Enrolado com um pano feito laço
Esperando ver se este será solto
Para ser coisa bonita a se contar
Palavras, Sentimentos, Desabafos, Músicas, Revoltas, Ideias, Verdades, Um encontro comigo estando em lugar algum, estando em todos os lugares... Sendo uma gota d'água, um grão de areia, mas fazendo parte de um oceano.. Sendo cada um, um universo, fazendo parte de todo o universo... Conspirando a favor do bem e do Amor.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Mandala
Ao mandá-la embora, sentiu um frio na barriga e um medo de não estar fazendo a melhor escolha.
Ao mandá-la embora, sentiu que parte de si partia junto com a partida dela.
Ao mandá-la embora, sentiu um embrulho no estômago como se o mundo girasse e não fosse possível descer.
Ao mandá-la embora, descobriu que quem queria ir era ele próprio. E então gritou: - fique! Mas já era tarde.
Ela ainda olhou para trás, ela ainda parou, ela ainda abaixou a cabeça, ela ainda quis ficar.
É que ao mandá-la embora, girou a mandala do tempo, que não volta, que não para, que não recolhe o que foi jogado.
Ela então descobriu-se mandala. E ninguém mais seguiu a mandá-la sem que fosse permitido a mandala seguir.
Ao mandá-la embora, sentiu que parte de si partia junto com a partida dela.
Ao mandá-la embora, sentiu um embrulho no estômago como se o mundo girasse e não fosse possível descer.
Ao mandá-la embora, descobriu que quem queria ir era ele próprio. E então gritou: - fique! Mas já era tarde.
Ela ainda olhou para trás, ela ainda parou, ela ainda abaixou a cabeça, ela ainda quis ficar.
É que ao mandá-la embora, girou a mandala do tempo, que não volta, que não para, que não recolhe o que foi jogado.
Ela então descobriu-se mandala. E ninguém mais seguiu a mandá-la sem que fosse permitido a mandala seguir.
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