quinta-feira, 3 de novembro de 2016

É suficiente?

Quando percebemos que é amor?
Depende o que se considera ser "amor".
Quando entendemos que é amor?
Quando passa o fogo e a paixão não fala tão alto. E os defeitos vem à tona, mas mesmo assim tá tudo bem. Uns são aceitáveis, uns são modificáveis. Os outros... Ah, quem é perfeito, não é mesmo?
E a falta não é por querer ter, mas por querer ser e estar.
Quando queremos o melhor para a pessoa e não apenas o melhor da pessoa. Quando somos sinceramente sinceros, mesmo que doa, pois queremos ser nossa verdade e não o que esperam de nós.
Mas quando aprendemos a falar, é ainda melhor. Falando pro outro entender e não só por um "não diga que não falei". E quando aprendemos a ouvir. Ouvir mesmo, absorver, compreender.
Quando conseguimos perdoar. E quando conseguimos limitar.
Quando podemos ser por inteiro. Quase transparentes. Quando somos companheiros, somos eu, somos você, somos nós, sem precisar de nó algum.
Quando procuramos o nosso erro e não apenas apontar a culpa.
Quando lembramos que nos pequenos detalhes é que se sustentam os grandes feitos e efeitos.
Quando ninguém substitui o que aquela pessoa proporciona. Quando, estejamos onde, fazendo o que, na condição que for, só pela existência daquele alguém para poder sorrir e chorar, já nos sentimos, pelo menos um pouco, mais completos.
Mas veja bem, ainda assim... Amor nem sempre é o suficiente.