domingo, 26 de abril de 2015

Sobre o desconhecido amor

Se a distância se aproximar de nós, ficarei, por um instante a sós, lembrando das horas de conversa, dos instantes de silêncio, das risadas e dos sorrisos, das carícias quase que apaixonadas e dos calores incessantes de um prazer contínuo, dos olhares tímidos e depois profundos e dos olhos fechados, dispersos do mundo.
Se o inesperado previsível da vida me afastar de você, guardarei essas lembranças, por ter vivido, por talvez ter ensinado e, com certeza, ter aprendido.
E se acontecer do tempo tornar-se apenas passado na nossa história, serei feliz de ter, na construção da minha, algo tão puro. E por tanta pureza, tão inseguro.
Se - esse 'se', que não deve ser pensado - o fatídico 'se', entre as tantas possibilidades de ser, que me martelou a mente, o corpo, a alma... Se este 'se'... vier a acontecer, serei grata, muito grata, pela fração de tempo que me foi disponível para viver esse desconhecido.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ciumedo

"Eu faço, você faz,
Nossos direitos são iguais.
Só que sinto ciumes,
E eu sabia, mas, controlar, não sei mais.
Agora meu sangue corre pelos meus braços, que estremecem em segundos.
Se eu te vir noutros abraços, me diz o que é que faço com aqueles nossos mundos?
Só de te imaginar a outro alguém amar, o suor me escorre o corpo. Quase perco um quilo.
Meus olhos também suam descontrolados e meu coração me grita: O QUE FOI AQUILO?
Eu erro as letras na digitação, os pés sofrem um terremoto. Parece um infarto, mas é palpitação.
Do que que eu reclamo, se exerço o meu direito?
É que parece que eu posso, mas você não.
Pois o controle do que eu sinto, tá comigo... O seu não."