quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ONZE

Não gosto de termos difíceis, nem de palavras fáceis, mas gosto de me expressar, mesmo sem saber. Buscar ser verdade, buscar compreender, mas as vezes é dolorido, difícil de entender, dá vontade de tomar partido, ou então de se abster, dá vontade de ir embora, fugir, se esconder, na hora que a voz chora e engole aquilo pra não se perder.
Deixar de lado o que julga sua felicidade, pois nela, e ela, te faz sofrer,  fez planos mirabolantes que não podem e não querem acontecer.
Na corrida dessa escrita é que pude perceber que a intenção é o que fica dos rabiscos que ninguém vai ler, o sentido da palavra, quem dá sou eu ou é você, signifique o que for, pode não ser o que se quer dizer.
Esquecer o que é mentira, do engano que é viver, essa vida tão vazia, onde o que importa é o ter. Mas ser é tão bacana, busque um jeito de viver além do que te engana, procure acontecer, o bem só faz o bem aquele que merecer, merece quem faz por onde e não espera acontecer.
Do Geraldo, sobrou a música que inspira, mas restou também a mentira de hoje, que o passado comprova ser.
Já confusa no que digo, de palavras a sentido, vou de novo esclarecer, que prefiro um louco antigo a sanidade nova, burra, surda e muda.
E sem palavras difíceis, nem termos fáceis me despeço do amigo que se laçou em minhas faces, da soltura aos enlaces e como num amor bandido, dou adeus, mas é pra sempre, sem rimas, sem hastes.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sobre o que falar?

Tô com vontade de escrever, mas escrever o que?
Sobre a falta de respeito em que vivemos? Sobre o excesso de ganância por que passamos? Sobre a ausência do amor? Escrever sobre a triste desigualdade? Ou sobre a falsa moralidade?
Falar sobre o que? Sobre a inversão dos valores, dos pudores, das verdades?
Ou sobre a grande mentira a qual nos habituamos a viver? Sobre o caos que o capitalismo governa? Ou sobre o governo caótico e capitalista?
Tô com vontade de desabafar, mas desabafar o que, sobre o que, com quem? Se ninguém mais tem saco, pra valorizar ninguém. Se ninguém mais quer saber de verdade sobre alguém. Se ninguém mais se preocupa, de verdade, com o outro, se esse outro não tem influência no seu próprio bem estar.
Eu tô cansada de ter vontades que se perdem no caminho quando eu as divido com alguém, por quê é tudo lindo na imaginação, é tudo ovacionado quando é sonho, desejo, mas quando é preciso transformar em realidade, aí a gente percebe quem estava ao teu lado de verdade, quando não se dá conta que, de humanos, ficou sozinho.
É dolorido, é doloroso, contar com tanto individualismo, com tanta superficialidade, com tanto modismo.
É invasivo, corrosivo, viver com tanta desonestidade, artificialidade, com tanto jogo de interesses maus.
Mas se dentro de tudo isso eu puder falar sobre algo bom, numa expansão dos meus sentidos e sentimentos, escolho falar de amor. Não esse amor carnal, fútil e egoísta que a gente vê nas novelas da vida real. Não desse amor sublime até o momento em que muda-se o pensar para o arrependimento. Não desse amor que nada ensina além de dor. Não do amor ilusão.
Se eu puder mesmo falar de algo, desejo então, e me ponho no dever, exercendo meu direito de falar do amor puro. Do amor que vejo nas atitudes do cachorro que vive na mesma família em que vivo,  no amor das atitudes que vejo nos saguis mais adultos ao dividirem seu pedacinho de banana com os mais jovens, carregados nas costas. Do amor que vejo nas amizades que mesmo com a extensão do tempo não se perdem, mas se perduram, independente das distâncias e dos empecilhos. Do amor que leva a fé e que eleva o ser. Do amor que é puro dentro das impurezas da vida. Do amor que é duro dentro da incertezas da vida, mas que é certo.
Do amor que, independente das religiões, um dia alguém doou a própria vida pra nos demonstrar.
Se eu realmente posso escrever aqui pra fazer a diferença, escolho passar a diante  não apenas minhas revoltas mundanas, escolho passar o amor. O amor que nos faz agir, o amor que nos faz sentir, o amor que nos faz ser. Ser. Ser Amor. Amor ao próximo, não apenas o que está perto, mas o que virá depois. Amor ao irmão, não apenas o de sangue ou de consideração, mas qualquer ser vivo. Amor ao dizer bom dia, Amor ao deixar alguém atravessar a rua, Amor ao doar um alimento. Toda boa ação é possível de ser feita com amor.
Já descobri sobre o que eu queria escrever... 
Queria desabafar sobre muita coisa. Pra refletir e resumir...
Eu queria falar sobre atitudes de amor.
Que atitudes de amor mudam o mundo, pelo menos o meu mundo, e espero que o seu, que teve paciência, compreensão e amor, para chegar até aqui. Obrigada.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Refletindo

Deus, nome dado pelo ser humano, como todo nome dado a tudo que aparentemente existe. É tão, tão relativo, tudo...
Devemos respeitar as crenças de cada um, pois cada um de nós é um universo, mas eu sei que Deus existe. Deus existe em mim, quando sou solidária ao próximo, quando emano o bem, quando dou um sorriso aquele que não conheço, quando deito a noite e reflito sobre a vida e sobre o que estamos fazendo dela. Deus existe na perfeição da natureza, a qual destruímos e desrespeitamos, na sabedoria do ciclo vital, Deus existe no átomo, na bactéria, no invertebrado, nas águas, nas árvores, na terra,nas moléculas, do micro ao macro. Ele não precisa de forma ou de fôrma, não precisa de religião, de templos, não precisa de temor. Nós é que precisamos de Amor, pra que esse Deus (nome atribuído pelo homem) seja mais forte em nós e nos mostre que existe, em nós. Deus é o universo, é o eterno, é a força que nos move, Deus é realmente Amor, mas não o amor da carne, o amor do sexo, o amor dos parentes consanguíneos apenas. Deus é o amor a tudo, é respeito, discernimento, solidariedade, caridade, companheirismo, harmonia, é bom, é bem. Se cada um de nós é seu próprio Deus, somos todos a mesma coisa, somos todos Deus, somos únicos e único.
Deus é o simples fato de Ser, mas o que tem acontecido é que nos esquecemos de ser para ter. Hoje somos Teres Humanos. Ter provar, ter posses, ter pessoas, ter isso, ter aquilo, ter mais e mais e mais... E vamos sendo menos e menos e menos, menos irmão, menos amáveis, menos confiáveis, menos solidários, menos fraternos, menos tanta e tanta e tanta coisa que é melhor ficar com minhas palavras por aqui... Só acho que não precisamos ter um Deus, mas Ser aquilo que chamamos de Deus.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Apenas desabafo e compreensão

Por qual motivo continuar? Eu não sei bem. É tanta hipocrisia, é tanto egoísmo, é tanta mentira, é tanto interesse, esnobação e desprezo. Cadê o cão expulsando as pulgas num sacolejo? Eu sei que vou continuar, vou achar motivos pra sorrir, mas sabe aquele balde embaixo da pia? Aquele balde que gota a gota do vazamento vai se enchendo? Vazou. E precisei, mesmo que não todo, esvaziá-lo um pouco. 
E vim aqui, pra escrever, pra descrever, pra descrer e ver. Pra descrer um pouco das minhas crenças sólidas, sórdidas, sólitas, pois estou a ver um pouco daquilo que a minha visão, tão fugaz, de paz, lilás, ofusca.
E dói, mas como dói, como corrói. Mas não destrói, pois minha força não é feita de matéria, ela é feita do inexplicável, do impalpável, mas mais concreta que muita coisa dessa vida! Talvez me enfraqueça, me incomode, ainda estou humana, e, é desse desanconchego que vou arranjar forças pra me ajeitar ou me levantar, pra modificar.
Daí eu entendo o que eu vim descrer, descrer desse mundo de que não faço parte, dessa dor que não me reparte, descrer dessa artificialidade, descrer do que querem que eu creia. Entendo o que eu vim ver, ver que meu mundo paralelo, transversal, controverso, é minha força pra vencer, pra ser exemplo, pra ensinar e assim aprender, ver que tempo passe, tempo fique, doa, corroa, eu ainda poderei ver, pois meus olhos não são mais carnais e mundanos, posso ver (e por isso tão sensível é o sentir) com os olhos fechados, pois aprendi a enxergar com a alma.
Daí eu entendo que eu vim crescer. Crer e Ser.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Se for pra você

Quero usar uma aliança no dedo
Quero dizer que sou sua
Quero criar e construir nossa vida
Quero acreditar no futuro

Quero te mimar e te fazer feliz
Quero ter os nossos momentos únicos
Rir e aprender contigo
Te abraçar e poder te ensinar

Quero me entregar
Quero te conquistar a cada dia
Te presentear com palavras, gestos e objetos
Quero te mostrar o que guardo em mim

Quero moldar nosso amor
Quero sonhar com você
Planejar nosso futuro
E saber fazer acontecer

Quero o teu abraço e o teu olhar
Quero te assumir
Quero que suportemos todas dificuldades
Quero que sejamos unicidade

Quero igualar as diferenças
Equilibrar as divergências
Te apelidar com carinho
Respeitar nosso ser

Quero me entregar
Só se for pra você

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Caminhando

O certo tá aqui, bonitinho, te esperando, te querendo, pronto pra dar o seu melhor e ser feliz por te fazer feliz.
O tortuoso ta lá, complicado, te confundindo, te desequilibrando, pronto pra querer o melhor de você e se sentir feliz.
O errado ta alí, disfarçado, te enlouquecendo, te provocando, pronto pra te sugar e te dar a impressão de que você está feliz.