sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Afirmação ou interrogação (!?)

Apenas arrepender-se do seu passado é ignorar quem você se tornou

Aprender com seu passado é entender quem você se tornou

Evoluir com seu passado é aceitar quem você se tornou

Sim? Não? 

Talvez...

A linha

Se a vida é uma linha que liga dois pontos extremos, 
infância e velhice, ontem e amanhã, vida e morte, 
o que seria cortá-la?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Quantas vezes mais?

E de novo você deposita seus votos naquele lance, que vira romance, que vira amizade, que desvira, que vira nada, que vira, lágrima.
E de novo, você não entende o que aconteceu, Éramos eu e você, éramos nós, mas não sei... Soltou demais e se desfez? Ou apertou de mais e não desfaz?
E de novo, tudo não saiu da imaginação. Não teve certo, nem errado. Mas não deu certo. Nem errado. Não deu.
E de novo, chega ao fim o que mal começou. É... mal começou... Se já começou mal, como acabaria bem?
E de novo, o novo se torna mesmo. E o mesmo não apetece mais. E o mesmo se torna insignificante. E o insignificante, tanto faz?
Eu sabia de mim. Até entender que você não o é.
Achei que éramos por inteiro. Eu tentei ser. 
E descobri, que o seu inteiro era uma junção de tudo aquilo que eu queria ver.
Quem é você nisso tudo? 
Nem sei se terei resposta, pois não sei se você sabe.
Pior! Nem sei se deve saber. 
Nem posso te culpar. A culpa deve ser mais minha que sua.
Pois eu sabia de mim...
... E não me importei se você sabia de você.

Perdão

...Acho que

ele está 

se perdendo,

para não 

me perder...

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Rosa da Penha

O cravo bateu na rosa
Em flagrante, foi pego em casa
O cravo tá na cadeia
E a rosa despedaçada

O cravo ficou detido
E a rosa foi visitar
O cravo pediu desculpas
E a rosa pôs-se a chorar

A rosa o perdoara
O cravo a se atenuar
E as flores fizeram aposta
Do quanto isso vai durar

domingo, 2 de novembro de 2014

Da passagem por nós

Hoje não é um dia triste - e nem quero que seja -
São boas as lembranças, pra que então a tristeza?
Se as lágrimas escorrem nesse exato momento,
Não entenda que elas caem por algum sofrimento.


Mas não quero entristecer. Quero mais é acreditar!
Que onde quer que você esteja, por nós vai se alegrar.
Tá rindo, aí de cima, das bobagens aqui ditas
E acariciando nossas almas, nas horas mais aflitas.

Dá saudade... Mas no lugar dos porquês 
tem estado a sensação de que teu caminho seguiu.
Obrigada pela passagem na vida de cada um.

Deixou sua semente,
Ajudando a seguir em frente
Pra alcançar um sonho seu
Que foi se tornando meu.

Faz falta. Pensar como seria, onde estaria, que roupa vestiria...
Que linha seguiria?

Seguiu a linha da evolução, 
De poder existir em todos os lugares...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Por exemplo

Ele, em pensamento - Ela não me entende. E eu não entendo o que é que ela não entende.
Ela, em pensamento - Eu não entendo como ele não faz as simples coisas que eu preciso.
Quando se encontram:
- Oi...
- Oi.
- Como você tá?
- Bem. Normal.
E o silêncio daquilo que queria ser dito toma dias e dias. As conversar se resumem em coisas bobas, "onde vamos comer", "assisti um filme legal", "sai com os moleques", "tô cansada, pois fiz limpeza". Melhor dizendo, conversas não... monólogos.
Ele diz, ela diz... Eles se ouvem, mas não se acolhem. Um espera do outro e os dois ficam à espera.
Até que as coisas explodam.
- Porque você blábláblá e você blábláblá!!!!
- Mas eu nem sabia!
- Não me venha com essa! Como não sabia? Eu só podia esperar isso de você.
E a dor os toma, sem nem saber direito o porquê.
- Então vou falar também, só você acha que não tá bom? Eu isso, eu aquilo, enquanto você blá, blá e blá.
E a raiva os toma, sem nem saber direito o porquê.
Os berros só aumentam, as acusações só aumentam. O sentido daquilo se perde nos desabafos confusos de tudo o que se guardou.
Não dá certo. Vai cada um prum lado ou termina. Ou depois finge-se que nada aconteceu numa calorosa reconciliação ou numa fria manhã comum e distante.
Faltou, faltou dos dois lados. Mas dificilmente se perceberá sua própria contribuição para chegar onde chegou.
Transparência, sinceridade, humildade, aceitação. Nada disso houve.
Eles vão se tornando estranhos, sem nem entender por que aquele amor que parecia ser completo virou dor, mágoa, raiva e se fragmentou em pedacinhos que não mais se juntarão perfeitamente.
Aí é que está, se desejares uma peça perfeita, esta terá de ser jogada fora, com certeza. E correrás o risco de que as próximas peças se quebrem, do mesmo jeito.
Mas se souberes que dá para, com o que sobrou, transformar a peça em algo novo, até mesmo mais bonito, vale a pena, com paciência, encontrar essa nova forma, encaixando, peça a peça, com cuidado e atenção. Nunca sozinho. Senão novamente caímos no erro. Precisamos ter em mente que relações são construídas em pelo menos dois pontos de ligação, o eu e o você, o ele e ela, por exemplo.
É preciso entender que o outro não é aquilo que desenhamos em nossa imaginação. Esse é o que você espera desse outro. O outro tá do lado de fora de você. Esteja aberto a amá-lo como ele é, com defeitos, defeitos, limites, imperfeições e qualidades pouco valorizadas (escondidas atrás de tanta decepção, talvez vistas só lá no começo, quando a paixão cegava). Isso é condição de ser humano.
Não é o outro que você consegue mudar, você muda a forma como recebe esse outro e a forma como constroem essa relação de vocês.
O que muda o outro, é apenas ele mesmo.

domingo, 10 de agosto de 2014

segunda-feira, 14 de julho de 2014

22

"Aquilo que nem era prata
se tornou ouro aos olhos daquele que não sabia que
era apenas mais um metal barato"

Correio

Viu, me faz um favor?
Quando você encontrar o pedaço de mim que ficou aí,
me envia por Sedex?

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Estações

 "A poda, no momento incerto,
enfraquece a árvore 
ao invés de fortalecê-la".

Pois bem

Espero nunca dizer a alguém que o que eu vivi foi menos. Espero nunca dizer que me enganei e que foi ilusão... As histórias, as fases, os problemas, as paixões, os amores, as amizades, as decepções, as dores...
Tudo o que vivi fez e faz parte de quem sou hoje, não me sinto no direito de diminuir a intensidade do meu passado por conta das minhas experiências no agora. Meu passado é caminho que trilhei para chegar onde estou... Foram subidas e descidas, pedaços tortuosos, pedaços de paisagens, passos na escuridão, passos iluminados...
Valorizar, refletir, compreender, aceitar o que passou pode nos dar parâmetros, perspectivas, exemplos, ensinamentos.
Pois bem, a vida é aprendizagem.

domingo, 25 de maio de 2014

Apenas

Dia desses me lembrei do blog e dos meus escritos, até mostrei alguns texto para alguns colegas.
Fiquei pensando sobre voltar a escrever com mais frequência, mas tá tudo tão corrido que chega a faltar inspiração, pois escrever por escrever não é o que eu gostaria, não é o que quero.
Só que não escrever também não é o que espero.
Aí fica nesse vai e vem, apenas.

sábado, 5 de abril de 2014

Algumas vezes além de mim

Às vezes as palavras me surgem e às vezes elas vão embora...
às vezes elas aparecem e não se aquietam até serem ordenadas de forma harmônica e às vezes elas dizem o que eu nem sei dizer, como às vezes elas não dizem o que eu gostaria de dizer,
mas elas não são minhas, elas me representam ou expressam algo além de mim...

Com migo

E seis meses se passaram assim, sem nem perceber.
Tanta coisa está igual e tantas muito diferentes...
Hoje eu me importei em vir escrever, mas hoje eu também gostaria de ser lida.
Me falta interação... E olha que interajo constantemente, no trabalho, na universidade, em casa, no trânsito, nos estágios... mas olha, são interações com obrigações incutidas... Queria só interagir...
No trabalho, é a interdisciplinaridade. Na universidade, são os interesses acadêmicos. Em casa, é a atualização dos acontecimentos. No trânsito, é o dirigir por mim e pelos outros. Nos estágios, são os interesses disciplinares.
Sempre um jogo de interesse... Queria um jogo só pela diversão...
No trabalho, por amar o que se faz. Na universidade, por ser amigo. Em casa, por ter tempo. No trânsito, por passear. Nos estágios, por se importar.
E aqui? Pelo que? Aqui também não há. É migo comigo...
Sei lá...